segunda-feira, 30 de maio de 2011

CET discute novo convênio para os territórios

O momento foi uma oportunidade para avaliar o convênio em andamento



A Coordenação Estadual de Territórios de Identidade da Bahia – CET, realizou nos dias 25 e 26 de maio, na cidade de Salvador-BA, o Encontro Estadual dos Colegiados Territoriais para avaliar o andamento das dos convênios e discutir a consolidação de novos convênios que viabilizam a articulação nos 27 nos territórios da Bahia.

No evento estiveram presentes articuladores territoriais, integrantes dos colegiados e autoridades ligadas à política territorial, entre eles Jerônimo Rodrigues, da Secretaria de Desenvolvimento Territorial – SDT, no Ministério do Desenvolvimento Agrário. O secretário ressaltou a importância da participação para a construção de políticas condizentes com a realidade. Segundo ele “essa é a lógica dos territórios, fazer o bom uso dos recursos de uma forma participativa onde todos botam sugestões”. Jerônimo diz que assim é maior a possibilidade das ações atenderem às necessidades da população.

Outra autoridade presente no evento foi José Vivaldo, novo diretor da CAR – Companhia De Desenvolvimento e Ação Regional que já ao chegar ao órgão promoveu a mudança na organização interna, fazendo com que a CAR tenha seus escritórios a partir de então, com representações territoriais, seguindo assim a linha política da SEPLAN – Secretaria de Planejamento do Estado.

Além de dividir o trabalho dos escritórios por territórios de identidade, José Vivaldo garantiu que em cada sede da CAR haverá uma sala com telefone, computador e internet disponível para que as pessoas dos colegiados territoriais possam fazer a articulação necessária. Vivaldo disse que “é preciso que os territórios pautem a CAR nas diversas ações para que o trabalho possa ser desenvolvido com mais qualidade”, sugeriu ele.

Protesto – Os articuladores territoriais e as entidades que executam o projeto de territórios de identidade elaboraram e assinaram um documento que foi encaminhado ao governo da Bahia e a vários deputados. O objetivo do documento é solicitar o repasse imediato da terceira parcela do recurso do projeto, que está em atraso a cerca de seis meses e tem causado vários transtornos às instituições executoras, aos articuladores (que dependem do repasse para receber o salário) e, de maneira geral, ao território, que não dispõe de recurso para realizar as diversas atividades.


sexta-feira, 13 de maio de 2011

SAET realiza capacitação de ACS em Casa Nova


Os ACS conheceram os cuidados a serem tomados com a água da cisterna


Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que atuam em comunidades atendidas pelo projeto de cisternas da SAET – Sociedade de Ações Educativas Sociais e Tecnológicas – no município de Casa Nova, tiveram a oportunidade de conhecer os procedimentos que devem ser feitos para manter a qualidade da água da cisterna e melhorar a saúde da família.

A capacitação realizada em dois dias (11 e 12) tem o objetivo de preparar os agentes para acompanhar o tratamento que as famílias dão a água das cisternas. De acordo com o coordenador do Projeto Cisternas na SAET Mauro Macêdo, “o ACS tem uma relação quase familiar. Além disso, tem a facilidade de fazer um acompanhamento da utilização da água da cisterna.

Prevenção – As cisternas, quando utilizadas da maneira correta ajudam a prevenir doenças que são transmissíveis pela água. Segundo a ACS Nona da Silva, na comunidade de Jibóia “apenas uma casa não tem cisterna”. Ela diz que os conhecimentos adquiridos no curso deverão auxiliar em seu trabalho para que “o número de casos de doenças seja menor”. Ela relata ainda que as famílias atendidas por programas de cisternas “dificilmente têm algum problema de saúde”, garante a ACS.

A qualidade da água depende de alguns cuidados, como por exemplo, pintar a cisterna e não colocar no reservatório água advinda de barragens, barreiros, tanques etc. Antônio Marcos, ACS na comunidade de Vereda dos Potes revela que “a maioria das famílias sempre zela da água”.

Para Lenita Alves, enfermeira instrutora do PACS (Programa de Agente Comunitários de Saúde) em Casa Nova, “os ACS são o elo entre as famílias e a Secretaria de Saúde. É o agente que vai levar a informação e através dessa informação será trabalhada a prevenção de doenças”, explica.

Informações: ASCOM / SAET

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dilma e o "Água para Todos"


Roberto Malvezzi (Gogó)

O anúncio da presidenta Dilma, que vai transformar o “Água para Todos” (Bahia) em um programa federal, na linha da superação da miséria, soa como uma chuva no sertão depois de meses de estiagem.

Ainda mais, ela não anunciou uma nova grande obra, tipo Transposição, mas a construção de 800 mil cisternas, além da implementação de novas adutoras. Quem atua no Semiárido, como eu que estou aqui há mais de 30 anos, talvez esteja ouvindo o que gostaria de ouvir, mas que não sonhava mais ouvir essa afirmação em vida.

Essas pequenas obras hídricas, multiplicadas aos milhares, quem sabe um dia aos milhões, já deram prova que são capazes de erradicar o mais pernicioso dos males nordestinos, isto é, a sede humana. O projeto P1MC da ASA já construiu aproximadamente 350 mil cisternas, beneficiando cerca de 1,7 milhões de pessoas.

Já começou também a implementação do Projeto P1+2, isto é, a captação da água de chuva para produção de hortas e dessedentação de pequenos animais, como galinhas, porcos e caprinos. Esse outro programa pode erradicar o segundo mal nordestino, isto é, a fome e a desnutrição, ainda mais se associado a uma reforma agrária adequada à região. 

O resultado pode ser visto pelos indicadores. Já não se fala mais em saques, frentes de emergência, diminuiu a mortalidade infantil, a migração nordestina se estabilizou. Claro, ajudam muito as demais políticas como a aposentadoria dos rurais, o acesso à energia, a disseminação das tecnologias como celular e internet, inclusive o Bolsa Família.

Esperamos que as adutoras sejam as propostas no Atlas do Nordeste, agora ampliado e aprofundado para o Atlas Brasil de Águas, fantástica obra da Agência Nacional de Águas (ANA). Elas são a solução para a insegurança hídrica nos meios urbanos de todo o Nordeste.

Se Dilma quiser ser ainda mais conseqüente, pode assumir a iniciativa do Fórum de Mudanças Climáticas, quando apresentou ao Ministro Gilberto Carvalho a proposta da produção de energia solar a partir das casas dos moradores do Semiárido, convertendo-a automaticamente em energia elétrica, sendo o governo o principal comprador dessa energia. Assim, além de água, seriam produtores também de energia. Uma saída para o Bolsa Família, já que geraria renda, além de produzir energia limpa, sem emissão de CO2 na atmosfera. Essa tecnologia já está disponível, inclusive no Brasil e dispensa a acumulação em baterias. Essa política pública de compra da energia produzida nas casas já existe em países como Alemanha, Itália e Espanha.

Portanto, temos todas as saídas na mão. A presidenta pode valorizar a experiência acumulada pela sociedade civil, que não só constrói obras, mas faz a educação contextualizada para a convivência com o Semiárido. A ASA pode ajudar a multiplicar esses educadores, caso o Estado se interesse.

Enfim, depois de tantas loucuras cometidas em nome da sede humana no Semiárido, quem sabe tenha chegado a vez do bom senso.

Se assim realmente acontecer, a fome e a sede serão páginas viradas dessa triste história.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

4ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar será em setembro


Governador convoca as 18 conferências territoriais e a estadual. A Conferência Nacional também será realizada em Salvador.

No início da semana foi publicado no Diário Oficial da Bahia o decreto de convocação da 4ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional e das conferências territoriais, como etapas preparatórias. O decreto 12.791 é assinado pelo governador e pelos secretários Carlos Brasileiro (Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza) e Eva Chiavon (Casa Civil).
A Conferência Estadual da Bahia será realizada na cidade de Salvador, no período de 8 a 10 de setembro, conforme deliberação do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia (Consea-BA), que coordenará o evento.
No artigo 3º, o decreto informa que ficam convocadas as conferências territoriais, como etapas preparatórias, que ocorrerão no período de 1º de junho a 31 de julho, devendo o Consea-BA estimular a realização de conferências municipais ou eventos destinados ao debate das questões de segurança alimentar e nutricional.
A 4ª Conferência Nacional será realizada em Salvador, de 7 a 10 de novembro.
Já a conferência estadual baiana promete ser uma das de maior participação popular. A expectativa do Consea-BA é reunir em torno de 1.300 participantes na etapa estadual.
A Bahia vai realizar 18 conferências territoriais entre junho e julho. Esses encontros devem envolver cerca de 3.200 participantes, segundo expectativa do Consea Estadual. Dessas etapas sairão 1.089 delegados para a etapa estadual.

Fonte: Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional da Bahia