quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Primeira cisterna já está construída

A cisterna é um belo presente para a família de Perivânia Dias

Dona Perivânia exibe orgulhosa a cisterna
A dona Perivânia Dias, 31 anos, moradora do Povoado Sítio do Caldeirão, em Campo Alegre de Lourdes-BA, a 799 km de Salvador, tem dois belos motivos para comemorar nesse dia 19 de janeiro: o primeiro é que hoje ela completa mais um ano de vida; o segundo é que nesse início de ano sua família foi contemplada com uma cisterna do programa Água Para Todos.
“Olhe lá o balde. Cansei de carregar água na cabeça”, relata a dona de casa olhando para um balde, com capacidade de 18 litros, o qual ela promete “aposentar”.
Dona Perivânia, assim como vários outros beneficiários do programa Água Para Todos, se diz muito feliz com a cisterna recém-construída. Aos poucos, com um sorriso imenso no rosto, ela vai explicando o quanto sofre com a dificuldade de conseguir água para consumo humano. “Será que amanhã vou amanhecer com saúde para buscar água para meus filhos?” Essa era a pergunta que dona Perivânia fazia a si mesma, quando o cansaço e o fim das atividades determinavam o término de mais um dia de luta.
Todas as manhãs a dona de casa bate à porta de dona Ilda Batisita, sua sogra. Esse é um gesto comum no sertão. Mas além de desejar um bom dia, Perivânia também busca alguns litros de água, armazenados na cisterna de 16 mil litros. Quando essa cisterna já não dá mais conta de suprir a necessidade das duas famílias dona Perivânia é obrigada a caminhar dois quilômetros até um barreiro onde capta água para beber. Depois, com um balde de 18L e sob um sol de quarenta graus ela segue para casa.

Quando o assunto é a água para o banho, por exemplo, a dona de casa tinha que andar ainda mais. Nesse caso são cinco quilômetros de caminhada até uma cacimba. No entanto, para essa situação Perivânia conta com o auxílio de uma carroça puxada por um animal.

Seu Paulo relata emocionado as dificuldades do trabalho

Emoção – Ouvindo o relato de dona Perivânia, seu Paulo Dias, animador de comunidade no município de Campo Alegre de Lourdes, quase não segura a emoção. Com os olhos brilhando, cheios de lágrimas (segundo ele de alegria), o animador relatava as dificuldades do processo, mas também a alegria de ver alguém tão feliz.
Depois seu Paulo explica o motivo da emoção. “Quando o pessoal fica alegre a gente também se alegra... É um retorno, uma satisfação”, respondeu ele, com os olhos novamente brilhando. Segundo Paulo Dias a satisfação só é maior quando a família beneficiada é humilde.  

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