quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Lixões invadem a Caatinga



Fonte: Sertão Melhor (http://www.sertaomelhor.com.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=50&Itemid=62)
 Foto: Álvaro Luiz
Um cartão postal da modernidade, normalmente exposto às margens de rodovias

A epidemia de lixões a céu aberto não é exclusividade das grandes cidades. No Sertão, o primeiro sinal de que se está chegando a um povoado, vila, distrito, comunidade ou a uma cidade são os sacos de plástico pendurados em árvores e nas cercas de arame. São as “bandeiras” da degradação ambiental tremulando ao vento sertanejo.

No dia 24 de novembro Nilton de Brito Cavalcanti, assistente de pesquisa da Embrapa Semiárido em Petrolina (PE), flagrou no município de Juazeiro (BA) um desses lixões. Autor de mais de 200 artigos técnico-científicos que tratam de diversos temas relacionados com a região semiárida do Nordeste, Brito Cavalcanti não contém a indignação.

“Esses lixões estão causando danos irreparáveis ao ecossistema sertanejo.Nada tem sido feito para mudar essa realidade, mesmo sabendo-se que o rio São Francisco passa a poucos quilômetros dessa área. Com certeza, logo, logo esses sacos de lixo estarão no rio”, enfatiza.

“As características de cada lixão no Semiárido são relativas às condições de seus habitantes, contudo uma coisa é comum, os sacos plásticos predominam em todos. Os lixões começam do tamanho das comunidades e avançam com o seu crescimento”, prossegue o técnico da Embrapa Semiárido.

“Não podemos esquecer que o lixo é um problema mundial, todavia, temos que pensar em soluções para nosso caso. No meio da Caatinga, como as residências são afastadas umas das outras, não é possível ver essa concentração do lixo, contudo, uma olhada mais aguçada no quintal de qualquer casa comprova essa triste realidade”, conclui.

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