segunda-feira, 11 de julho de 2011

Conferência discute a Segurança Alimentar no Sertão do São Francisco

O acesso a terra para produção é o fator que mais preocupa os participantes

Auditório lotado nos dois dias de conferência


Reunidos no auditório do Campus III da Uneb, os delegados da Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional discutiram em dois dias (06 e 07/jul) as situações de insegurança alimentar que atingem o Sertão do São Francisco e as possíveis saídas para a resolução do problema.

O evento é um passo importante para a construção de um plano que contemple a necessidade alimentar da população. Para Carlos Eduardo, integrante do CONSEA (Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional), outro espaço importante para a garantia de uma alimentação adequada são os conselhos municipais. “Criação do conselho não pode ser uma coisa só do prefeito. Precisa ter uma mobilização da sociedade civil para organizar a discussão no município e conselho seria uma conseqüência e não um ponto de partida”, adverte ele. Calos defende ainda que a segurança alimentar deva se tornar uma política pública nos municípios.

A questão da terra – Um dos principais motivos apontados como causa da insegurança alimentar no território é a má distribuição das terras. De acordo com a planilha apresentada pelos grupos de trabalho da conferência o acesso a terra para produção de alimentos é muito baixa. Há casos em que as famílias até têm a terra para produzir, mas o espaço é pequeno, ou falta água para irrigar o plantio.

Por outro lado foram citados como avanços os programas de cisternas (tanto de consumo, quanto para produção) e ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural. Em todos os grupos de trabalho a proposta de ampliação desses programas foi citada. Os delegados também apontaram programas como PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) como iniciativas que têm trazido bons resultados.

No final do segundo dia foram eleitos os delegados que deverão participar representar os dez municípios do Território (Campo Alegre de Loudes, Canudos, Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé, Sobradinho e Uauá) na etapa estadual da conferência.

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